Faltando cinco dias para a votação para as eleições municipais, Campo Maior vive uma das maiores crises morais da sua história com a divulgação da relação do Programa Bolsa Social. A lista, que veio a publico no domingo passado, dia 29.09, contém nomes que não se enquadram no perfil do programa e que, por tanto, foram incluídos de forma ilegal pelo prefeito João Félix.
Entre os nomes estão empresários, comerciantes, músicos famosos, comunicadores, pessoas já falecidas, microempreendores, funcionários de empresas com carteira assinada, funcionários públicos, pessoas que moram em outros estados e filhos do vice-prefeito de Jatobá do Piauí, Adalberto Rocha.
O programa foi criado em 2015 para tirar pessoas da situação de vulnerabilidade social, pagando mensalmente um auxílio de R$ 200,00 para os beneficiados, mas começou a ser distorcido em 2021 pelo prefeito João Félix.
A lista disponibilizada dentro do processo de Investigação Judicial, movido contra o prefeito João Félix, a Justiça já tem acesso a dados dos pagamentos feitos a pessoas que não se enquadram no perfil do programa e que a suspeita é de que o programa esteja sendo usado politicamente pelo prefeito.
Após João Félix começar a incluir nomes na lista de beneficiados, o programa passou a fazer pagamentos de R$ 150 a R$ 1.300 reais aos beneficiados. O valor varia de acordo com a proximidade com o prefeito.
São 882 pessoas beneficiadas até o momento, sendo gasto todo mês com o programa R$ 680.098,00, ou seja, mais de R$ 680 mil.
Segundo o levantamento feito pela nossa reportagem, foram incluídos somente até o mês de julho desse ano 260 pessoas, sendo que somente no mês de julho 67 beneficiados.
Em 2024, em média, eram incluídas 40 pessoas mensalmente no programa Bolsa Social. Já em 2023 foram colocados no programa 422 beneficiados.