
O coordenador das Promotorias do Ministério Público de Campo Maior, promotor de justiça Maurício Gomes de Sousa, foi bastante enfático ao criticar a estrutura de fiscalização de Trânsito no município. Para Maurício essa infraestrutura que deveria ser usada para salvar vidas “é inexistente”.
As declarações do promotor Maurício Gomes foram feitas durante o 2º Simpósio Piauiense de Trânsito, realizado em Campo Maior, no dia 08 de maio passado, com a organização da OAB de Campo Maior e o Governo do Estado. Maurício reafirmou as críticas em entrevista ao Jornal da Rádio 100.

Maurício Gomes defendeu a realização de blitzes para combater as mortes no trânsito, ressaltando que já existe um Termo de Ajuste de Condutas, TAC, sugerindo que a Prefeitura de Campo Maior promova a fiscalização no trânsito, incentivando o uso de capacetes por motoqueiros, para diminuir o número de acidentes no município.

“A Prefeitura de Campo Maior só tem 5 agentes de trânsito para uma população de mais de 45 mil habitantes, o que torna ineficaz a estrutura de fiscalização do trânsito, ou seja, tem a Lei, mas não existe estrutura em Campo Maior”, revela o promotor.

Maurício Gomes destaca que a maior parte dos acidentes de trânsito em Campo Maior tem envolvimento de motos e motoqueiros e são agravados pelo não uso de capacetes. “Temos a maioria esmagadora de motoqueiros que não usam capacetes e isso é a principal causa pelas lesões graves e mortes no trânsito”, revela o promotor.

FROTA DE VEÍCULOS- A atual frota de veículos em Campo Maior, segundo dados do IBGE, (Censo divulgado em 2023), é de 28.751 unidades, sendo grande parte formada por motocicletas, que é 20.578, seguido por automóveis, (5.223), ou seja, no trânsito de Campo Maior existe 4 vezes mais motocicletas do que carros.


